Nunca Es Igual (tradução)

Original


Andrés Calamaro

Compositor: Andrés Calamaro / Antonio Escohotado / Charlie Drayton / Steve Jordan

O gaúcho acorda de manhã
E vê o horizonte outra vez
Está a uma semana sem dormir
Perdeu uma china de vermelho libanês

O que está acontecendo?
Algo está mudando
Sempre era o que desligava a luz
O que está acontecendo?
Grita o velho Armando
Enquanto trapaceia no jogo de mus

Quão verde amanhece com Maria
Quão fácil parece o porvir
Quando o gaúcho saúda o novo dia
Que bom, hoje vai comer

Pobres animaizinhos da fazenda
Falta a eles o alimento principal
À vaca que dá chocolate
Lhe resta o chocolate comercial

O que está acontecendo?
Algo está mudando
Sempre era o que desligava a luz
O que está acontecendo?
Grita o velho Armando
Enquanto trapaceia no jogo de mus

Quão verde era o meu vale quando havia
Uma china sempre no meu quarto
No entanto a cama nunca está vazia
Mas não é igual, nunca é igual

O que está acontecendo?
Algo está mudando
Sempre era o que desligava a luz
O que está acontecendo?
Grita o velho Armando
Enquanto trapaceia no jogo de mus

Parece não haver mal que resista
A muito sono e jejum
Nos dizem que façamos outras coisas
E especialmente
Que consumamos certos líquidos
Periódicamente, assiduamente

Mas eu não conheço mal que resista
A vinte horas de sono e um jejum prudente
Por jejum quero dizer, por exemplo
Tomar gazpacho, com alho branco
E no inverno guisados com abundante toucinho, e pão
E perceber que não é sempre

Que você pensa que vai morrer
E esta detonado
Você morre, e então se temos medo
Não evitamos a dor
Mas ainda por cima a antecipamos, quero dizer
Para continuar vivendo, as vezes, tentando se manter sãos

Vamos fazendo exames
Nos preocupamos porque apareceu uma mancha
Uma dor. Nossa meta é viver por um longo tempo
E claro, no fundo, não pretendemos viver tanto
Pretendemos apenas viver, pretendemos viver
Se você tenta viver por um tempo longo o dia a dia

Se pode envenenar muito
Mas se você não tenta se cuidar tampouco é bom
Você confunde a valentia com a temeridade
E obtém grandes quantidades de dor
De forma que é complicado
Contam de Alexandre que uma vez
Se meteu em um turbulento rio da Índia
Cheio de barro
Perseguindo o exército com o qual lutava
E quando estavam na metade
Os cavalos se desequilibraram
Aquelas águas estavam geladas
Se voltou em direção aos companheiros e disse
Puta que pariu
Percebem as coisas que tenho que fazer
Para que me tenham respeito?
Isso não acontece muito hoje, não acontece muito hoje
Respeito, respeito, respeito

©2003- 2024 lyrics.com.br · Aviso Legal · Política de Privacidade · Fale Conosco desenvolvido por Studio Sol Comunicação Digital